qualquer coisa
num verso intitulado mal secreto
 

9.2.08


[1:07 AM]

Depois de uns dias excursionando por cidades litorâneas vazias e longe da recorrente agitação baiana, este que vos escreve volta a falar de cinema para deixar registrado o que de melhor aconteceu nas telas brasileiras no já longínquo ano que passou. À exceção de Clint Eastwood, todos os outros diretores me eram inéditos na tela grande, tendo visto alguns de seus filmes apenas na televisão ou em DVD. E o impacto de adentrar no inconstante e hermético universo de David Lynch, nas primorosas construções espaciais de Resnais e nas lembranças e reflexões de João Moreira Salles dentro de uma sala de cinema certamente me deixou ainda mais fascinado por essa arte pela qual tenho tanto apreço. A novidade (e também a surpresa mais bem-vinda do ano) fica por conta de James Gray, que com seu Os Donos da Noite construiu uma narrativa densa, amparada em personagens bem dimensionados dentro das possibilidades que os vários eixos da trama tratam de unir habilmente como que subvertendo as regras desse jogo. Infelizmente não vi a tempo alguns filmes que despertaram grande interesse e que provavelmente poderiam ocupar seus assentos na lista abaixo, como Viagem a Darjeeling, Maria Antonieta, Em Busca da Vida e o último do Brisseau, que eu só não assisti inteiro por pura preguiça. Então fica assim a minha lista dos melhores filmes de 2007:




1. Os Donos da Noite, de James Gray

2. Maria, de Abel Ferrara

3. Medos Privados em Lugares Públicos, de Alain Resnais

4. Cartas de Iwo Jima, de Clint Eastwood

5. Santiago, de João Moreira Salles

6. Possuídos, de William Friedkin

7. Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho

8. O Hospedeiro, de Bong Joo-ho

9.O Homem Duplo, de Richard Linklater

10. Império dos Sonhos, de David Lynch



E, como não poderia deixar de ser, os famosos “quase lá”: (fora da ordem)

Cão Sem Dono, de Beto Brant e Renato Ciasca (e com Tainá Müller, o que não é pouca coisa)

A Conquista da Honra, do velho Eastwood

Pro Dia Nascer Feliz, de João Jardim

Apocalypto, de Mel Gibson

Zodíaco, de David Fincher


As secreções, excreções e os desatinos ficam por conta de:

Babel, de Alejandro González Iñarritu

Scoop, de Woody Allen

Borat, de Larry Charles

A Via Láctea, de Lina Chamie

Transylvania, de Tony Gatlif

E 2008 já começa com duas pedradas das grandes: o duelo entre os irmãos Coen e Paul Thomas Anderson promete, no mínimo, dois filmes instigantes e muitas estatuetas douradas. Que vença o melhor!




 


é isso aí, bicho

 

 


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