qualquer coisa
num verso intitulado mal secreto
 

18.5.09


[12:35 AM]

"Estes espetáculos de violência gratuita que se fazem fundindo uma coisa e outra de uma forma modernosa não passam de tentativas frustadas de refletir a nossa realidade. E principalmente as cenas de violência e as cenas de amor que são uma gaiatice de fazer dó. Nosso cinema involuiu. Temos bons fotógrafos. Mas em nível de roteiro e de composição de personagens estamos num estágio pré-crítico. Era preciso que se voltasse a Lumière e Méliès. E mesmo Griffith ainda não foi alcançado. O problema é que não se conhece a história do cinema e nem a história das artes. Quando passa um filme do Stroheim não tem ninguém para assistir. Estão todos em seus videocassetes vendo filmes modernosos. É como nas novelas da Manchete: a mulher diz 'me larga' e não tem ninguém segurando."

"Acho que o caminho é a diferenciação, a multiplicidade. De um lado, existe um profissionalismo pornô que me recuso a fazer. Do outro, esse amadorismo grato, que se faz muito em São Palo, eu acho pior ainda. Quer dizer, no fundo são todos elitistas, 'elitários', e a minha proposta é oposta. Não quer dizer que sou pior, ou melhor. Agora, sou diferente. Não tenho nada com esse cinemazinho que às vezes o público, na sua ingenuidade, prestigia, mas que tem essa temática da política por psicanalistas e não por diretores. Uma moda que se pretende ser avançada, mas é mais velha do que andar pra frente. Pra mim, me interessa um tipo de cinema eficaz, funcional. Um cinema que tenha liberdade de câmera, de microfone, de montagem, porque acho que o grande problema do cinema brasileiro, hoje, é voltar a ser cinema. O que se faz aí acaba não sendo cinema, televisão ou videoclip. É muito pior que isso tudo! As pessoas pensam que estão fazendo cinema, mas na verdade estão fazendo televisão mal-disfarçada. E sem a eficácia e a instantaneidade desta. E isso tudo vem a reboque dessa classe média emergente, que realiza um tipo de cinema novo-rico. Um exemplo, aliás, que deveria ser jogado na lata de lixo da história."

Para momentos de preguiça, burrice e crise, Rogério Sganzerla.




 


é isso aí, bicho

 

 


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