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Balanço final do Festival do Rio
Não assisti muitas coisas por falta de tempo e de dinheiro (continuo achando um afronte ter que pagar 10 pratas de meia-entrada em um evento que recebe investimento público, e como não tenho credencial de imprensa e trabalhar de graça para eles em troca de passe livre nas sessões tá bem longe dos meus interesses, o jeito foi fazer uma boa triagem na programação), mas no fim das contas a média foi bem positiva. Eis os filmes vistos:
- O Fim do Silêncio, de Roland Edzard (2011) Nervoso, com uma câmera que não para um instante sequer e quase sem diálogos, tinha tudo para dar errado, mas a expressividade dos atores, o ritmo ágil e o tom seco conferem à narrativa uma densidade que sustenta e evidencia suas qualidades.
- Martha Marcy May Marlene, de Sean Durkin (2001)
- O Cavalo de Turim, de Bela Tarr (2011)
- O Tango de Satã, de Bela Tarr (1994)
- Prelúdio Para Matar, de Dario Argento (1975) À meia-noite, no Odeon, cópia linda em scope, numa sessão apresentada pelo próprio Argento. Como diria Ed Motta: deepy!
- As Canções, de Eduardo Coutinho (2011)
- Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios, de Beto Brant e Renato Ciasca(2011)
- Drive, de Nicolas Winding Refn (2011)
- A Separação, de Asghar Farhadi (2011)
- Um Método Perigoso, de David Cronenberg (2011) Atípico em sua filmografia, porque mais próximo de um modelo clássico narrativo, este é um filme centrado na força do texto. E diante do poderoso material escrito que tinha em mãos, Cronenberg encontrou a forma ideal para construir um enredo de tensões e desafios através de uma linguagem objetiva, direta, pontuada de maneira sutil por questões ligadas ao corpo, organismo central de seu cinema. A rever quando estrear.
- Inquietos, de Gus Van Sant (2011) Bomba. Run run run run run and take a drag or two.
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